OPINIÃO LIVRE
Foco de Tertúlia

Cultivando em chão espinhoso
DESENCANTO SOCIAL
O mundo testemunha uma mudança de vivência que altera hábitos no sistema da relação humana, na economia, que de um todo altera a vivência entre todos nós. Chegou-nos ao planeta Terra um "Extraterrestre" - COVID - acreditam muitos que veio para mudar o mundo. Como sempre as mudanças sociais implicam sofrimento e morte. Bem! Quem sabe? Ninguém sabe o que por ai vem a caminho para reforçar a teoria da mudança cuja origem e tendência desconhecemos- Sendo que está ao nosso alcance avaliar o modo, o trato e o resultado social.
No dia 15-10 de 2015 escrevi isto: Vou criar um Blogue relacionado com a Vida Social. Com toda a diversidade envolvente vai ser bem complicado, pensei, entendi que estava-se a viver um final de ciclo ... Por vezes o modo e tom que emprego no meu dia a dia em termos de argumentos baseiam-se numa filosofia básica que dá para perceber um determinado "desdenho" que já cheira a mofo, mas também confesso que o sonho importa e que ele também orienta a vida. A Natureza é repleta de encanto e existem pessoas extraordinárias.
- Vamos lá povo, gente do mundo, ovelhinhas gordas, magras, inteligentes e burrinhas, pensantes, passantes, andantes, pobres e menos ricos, porquê desgastar-nos em politicas, uma vez que os os nossos políticos são mestres pastoris. mais do que ninguém encaminham o "gado" para os locais certos, afinal são eles que de cajado e por vezes sagrado nos encaminham só temos que confiar nuns ou em outros eles não fazem outra coisa senão pensar no bem estar das suas ovelhinhas. Protegendo-as para que não se percam nos rudes caminhos. Enquanto isso vamos tendo autoestradas, carros, casa, sopa, pão muita televisão e muitas outras comunicações que absorvem os nossos tempos livres, sem esquecer de estar na onda da crista e sobretudo o mais importante corresponder ao estereotipo social. Etc. etc. etc. ou seja uma chatice uma sombra na luz da minha consciência.
Antes do mais, e agora sim falar de coisas sérias, convido-vos a seguir o meu raciocínio- Ora bem, os caminhos estão abertos, existem várias opções todos eles pretendem dar ao mesmo sitio, sitio esse que não tem ancoradouro Consequentemente vou lançar os dados para o que pode vir a ser o ponto de partida para o futuro deste fórum.
Abro uma janela para os horizontes da liberdade de pensamento e da palavra ou até do desenvolvimento pessoal.
Começar por o quê? Se calhar por justificar o que intuitivamente me impulsiona para este ato, e, para quem? Provavelmente para quem queira treinar o pensamento ou entreter-se com assuntos que nos torna (por falta de consciência) dependentes de uma malha perplexa cuja tecelagem esconde buracos guarnecidos de floreados que não permite avaliar com clareza a qualidade e resistência da malha e este assunto não tem só a ver com as questões sociais. Valerá a pena sair de uma zona de conforto para remexer assuntos que no fundo parecem estar ultrapassados, pois é por parecer e por não ser é que estamos tornando-nos uma espécie de robôs.
Bem não tenho qualquer presunção relativamente ao feedback desta minha iniciativa arrojada, considero no entanto que estes assuntos devem ser discutidos, Não sou Doutora, Mestrada ou “superior” seja lá o que for, sabemos que os títulos fazem as pessoas ganharem credibilidade, sei que não gosto da ideia de ver a sociedade mundial caminhar para uma uniformização de valores assentes em teorias robóticas e económicas, tratando a maioria da humanidade como se fosse máquinas produtivas, criando cada vez mais vitimas / vitimados, acusados/ incriminados e rotulados como marginais, quando se fica fora da malha do sistema, desenhada e implementada por quem determina os despachos que limitam, permitem, educam e criam os sistemas económicos à medida de uma linha da malha que a torna a mais resistente de todas.
Ora então, não existe qualquer matriz para alterar o processo iniciado à séculos e muito menos métodos para sair disto. Não. Já nos enterraram até ao pescoço e o sistema está minado. No que diz respeito aos partidos políticos só mesmo os crédulos continuam esperançados e os incrédulos inquietos.
Cá andamos por este caminho de glória. nem falo dos traidores ou dos que estão na prisão, esses são uma minoria e nem sempre são os piores. Fazemos parte de um mundo confuso, lembro a história da Jane D`Arc (em tempos menos evoluídos) queimada por fanatismos e loucura ideológica , outros mais foram julgados por serem terroristas por outros terroristas que matam assassinos, assassinando eles mesmo pessoas populações inteiras em nome dos direitos do homem, em cima de tudo isto, há fome no mundo, formam aliança para fazer guerras nos locais do ouro negro em nome da liberdade dos povos (atualmente) , entre o tempo da monarquia em que as famílias matavam-se entre elas para ganhar o trono e o tempo atual em que as lideranças governamentais e económicas aplicam estratégias manipuladoras para atingir fins, fica o povo com o peso da loucura da ganância. Ainda o Clero, encerra segredos e riquezas que pertencem a toda a humanidade. Estipulam-se regimentos entre países em prol e na defesa dos interesses da humanidade que não chegam a serem cumpridos, Investe-se fortunas em materiais de guerra. A economia passa por cima de todo o tipo de valor humano. A evolução tecnológica quando chega às pessoas já está planificada e formatada no sentido de servir uma malha da engrenagem económica e sobretudo a guerra deste pequeno mundo, Tudo se encaminha para a monopolização. A educação, a saúde idem. No fundo a humanidade está manipulada por forças conquistadas por pessoas que dispõem do seu tempo para investir num património que vou dar o nome de “ HIPOGANA” hipócritas, cegos e gananciosos, além de verdadeiros protagonistas de vaidade, conscientes ou inconscientes do que são como pessoas e pouco interessados do impacto que projetam em desfavor da felicidade das outras pessoas que só estão na malha por não terem capacidades ou alternativas opcionais, , presos pela potencia do enredo que os agarra entre umas e outras malhas
Resumindo, não vale a pena falar de políticos e de quem os rodeia de perto, defensores do povo eles são a malha principal desta teia. Não me venham dizer que os poderes estão nas mãos do povo que em democracia temos o que queremos, vencendo a maioria pelo ato da votação eleitoral. O povo escolhe. Imaginem, isso dito assim parece fazer sentido, ora, então, era só o que faltava, não podemos nos esquecer que quem trabalha oito horas por dia ou quem vive preocupado com a sustentabilidade da sua casa, da sua empresa da sua família, quem é bombardeado por informações tratadas, quem teve uma educação à medida, quem confia no sistema por diversas razões, por defeito ou por acomodação, quem até se vende para melhorar a sua vida a dos seus filhos, quem absorve diariamente marketings estudados e planeados para produzir efeitos à medida Quem não aprendeu a tratar as informações/formações que lhes são dadas por diferentes vias, a grande maioria não vai ao cerne da questão habituada e induzida ao proforma teórico dos que em nome das boas intenções sabem como articular palavras animadoras mas vazias de verdadeiro conteúdo, aliás eles estudam o modo expositivo para convencer, em termos práticos são verdadeiros vendedores da banha da cobra.
Assim caríssimos leitores, estamos a caminhar para uma sociedade onde o direito à diferença será descriminado, dá jeito, para os que produzem os monopólios, importa que as ovelhinhas não se dispersem, que os valores uniformizados em nome da boa moral sejam argumentados com sabedoria superior de forma a produzir uma sociedade de conveniência. Isto é uma verdade. Não a minha mas o que se comprova. Agora tudo isto dá trabalho, remexer em pesos duros e enferrujados, ainda que se admita que ninguém é perfeito não pode ser no entanto incrédulo ao que o rodeia.
Que fazer quando se concorda com o supramencionado, se calhar agora já fica tarde de mais… eventualmente começar por ignorar e iniciar outros modos de vivência… complicado…mas… possível.
Que fazer quando não se concorda com o supramencionado, nada absolutamente nada, palavras levam ao vento e poucas são as pessoas que apreciam palavreados que não sejam conceituados em valores estereotipados. Só se fazem ouvir os vendedores da banha da cobra.
Uma vez o diagnóstico básico ao alcance de todos os letrados e iletrados resta-nos abordar a alternativa:
No meu ponto de vista não há alternativa que surja sem marcas profundas de sangue, os predadores da ganância e da vaidade são mais habilidosos dos que os simples predadores maioritários. No fundo somos todos defeituosos por natureza. Acho que podemos concluir que a sociedade se divide entre a força do ferro e do barro, todavia temos uma consciência que pode ser reeducada reencaminhada basta induzir o pensamento para uma outra via.
Os mais felizes, são os que não se preocupam com o meio externo envolvente às suas vidas privadas, é claro esses tais vivem de costas cobertas ou economicamente ou por idealismos mal explicados, limitam-se a manifestarem-se só quando se impõe imperativamente a necessidade das justificações que são sempre cordeais e diplomáticas de forma a não se comprometerem nem ficarem mal vistos. Vivem de certo modo de costas voltadas para as questões relacionadas com os outros, até porque essas pessoas em geral são os protegidos, ou porque nasceram em berço de ouro, ou porque simplesmente conseguem viver de costas cobertas: bons rendimentos que os deixam viver sem traumas isolando-os das dores dos desprotegidos, ao mesmo tempo a segurança que o dinheiro lhe oferece permite conseguir um modo e um trato afável com tudo os que o rodeiam.
Quem disse que o dinheiro não trás felicidade, digo eu, também. No entanto ter dinheiro permite que as pessoas vivam felizes com mais facilidade já que estamos numa sociedade onde tudo se compra. Contribui para uma maior tranquilidade abrilhantando quem dele depende. O brilho do dinheiro dá aos seres humanos a segurança e o respeito dos mais pobres ou dos menos ricos. O brilho do dinheiro permite que a pessoa se eleve acima dos seus semelhantes, a culpa nem sempre é dos que dispõem de dinheiro , eles ficam mais “dignos” porque os que não têm dinheiro suficiente para além do dia a dia (e não são todos) esses tornam-se humildes ou abruptos consoante a imputação e o valor que dão aos que brilham no mesmo mundo deles, só que a eles, resta-lhes, lutarem pela sobrevivência, A nossa história/estória não tem fim. O ciclo é vicioso,
Que fazer?
Há 15mn atrás desde dia do 15 de Outubro de 2017 reli o que escrevi e pensei, vou apagar tudo isto, pareceu-me ridículo e assunto ultrapassado, afinal quem não sabe disto tudo, quem sou eu para estar chamando a atenção gratuitamente sobre os meus pensamentos as minhas crenças os meus ideais. Pensando melhor, quem serei eu senão seguir o meu intuito que me empurra para ter este tipo de " intervenção", e porque não? Não estudei sociologia nem história da humanidade, mas sei do que falo sou testemunha e vivente de uma grande maioria das ocorrências deste mundo.
Neste preciso momento posicionei o meu pensamento da seguinte forma.
Imagine um prédio de 20 andares e uma paisagem diversifica à sua volta.
Se percorrermos andar por andar incluindo o rés de chão e olhar a paisagem teremos uma visão diferente do que nos envolve mediante a nossa posição no momento. Os nossos olhos os nossos sentires são diferentes a cada angulo, em cada andar, sabendo-se que o prédio situa-se tal como a paisagem num único sitio imutavelmente estagnado. Para mim este exemplo serve-me para compreender que o nosso sentir e o nosso pensar surge por impactos externos e consoante a nossa posição, mas há mais do que isso…
Parece-me que todos sabem disso no entanto quem pensa nisso. Alguns dirão para quê? É o que é, e, basta-nos. Não senhor, não é o que é. Na verdade o interessante é pensar nas diferentes sensações absorvidas em cada angulo da visão, todos eles reais. Não existe um único lugar igual ao outro, é preciso saber alargar os horizontes mentais para não passar por todos os lugares do “prédio” sem ver o a realidade do que o envolve, importa induzir o pensamento para absorver as sensações da realidade do que se vê e se pode sentir sendo que tudo depende do todo.
Concluo que importa-me induzir o meu pensamento, para efeito preciso imperiosamente de aprender a pensar… porque não quero não aceito ser uma máquina conduzida por forças mal identificadas que não se afirmem como uma boa obra humana .vista em toda a sua dimensão tal como o prédio de 20 andares e todas as minhas sensações/emoções que nele consigo sentir,
M. Fernanda Barradas Calado
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