POESIA LIVRE
O Alentejo
De tanto que escrevi …
postando ou não por aqui.
Escolhi este tema pronta a recomeçar
abrindo portas a 2022 a querer renovar.
Importa mesmo não ter nada a perder,
importa sobretudo não ter nada a temer.
Agradeço à vida por me levar a perceber,
que valeu a pena chegar até aqui para aprender
o valor da liberdade ansiada e pouco ou nada
conseguida, seu custo impede ser consumada.
Nada a temer,
nada a perder,
livre para dizer...
sem medo de perder.
Sonhar a Liberdade. Libertando-se.
Um dia acreditei!
Fizeram de mim o que não queria.
Verdade! Segui o roteiro,
também…como não o faria?
Nasci marcada para seguir…
Segui um caminho que não foi só meu.
Obedeci a regras escritas em papeis,
conteúdos originados antes de mim.
Nasci e segui… pouco ou nada escolhi,
Segui a vida, vivendo a vida.
Mas o que fizeram de mim? Ou melhor!
Eu não escrevi a minha história, eu tentei…
Nunca fui livre como o desejei.
O mundo e o passado não me definem,
não me lembro de sentir como nasci,
não sei onde nem como morrerei,
sei que os fatos da vida me afetaram.
Também sei que a vida muito me alegrou.
Agora sei, no que acredito!
Se tivesse sabido o que hoje já sei,
minha história, eu, teria escrito,
fora do roteiro do que se diz ser certeiro ou não.
Apenas olhada como estranha e abandonada, mas sim!
Teria Liberdade de bater a minha retirada ou não?
Hoje “Livre” escrevo a minha história,
não há ninguém que me possa impedir.
A Minha Liberdade assim me o vai permitir,
mas… só é Livre quem nada tem a temer,
quem… se libertou do que pode vir a perder.
A Liberdade não se negoceia é persecutória.
A Minha Liberdade não é a minha Vidinha.
A Minha História é as nossas Vidas que fazem,
fizeram parte da minha Vida e de muitas Vidas…
Únicas e Coletivas, Seguidores de Caminhos,
Fazedores de Caminhos. Mil vezes se fizeram à Estrada.
Hoje, faço a minha história já nada tenho a temer,
Neste mundo que não me define nada mais tenho a perder.
Obrigado à minha liberdade que hoje me deixa sonhar e viver.
-
Maria Fernanda Barradas Calado
Inspiração: A humanidade dormita (por vezes em Sono profundo) perde-se entre deveres, direitos, pareceres e até ordens, ainda motivações sensibilidades e obrigações. A Esperança, o Encanto faz parte do Sonho de toda a humanidade, independentemente da controvérsia entre o bem e o mal.
Há sempre olhares
que não dizem
mas as putas das palavras
os revelam :
vida que nunca se aprende.
E escrevo.
Tresloucadamente.
Como se houvesse gente
que chama por mim.
Escrevo,
porque a personagem
que encarno mo diz.
E saio para ver o mundo :
o fundo do mar profundo.
Porque outra voz
já me falou
que o outro enlouqueceu
e já não é o que escreveu ;
declínio do que aprendeu.
Porque no fundo,
ainda que o outro eu
seja diferente,
as palavras só morrem
se o tempo ficar demente.
Se acaso um dia, eu,
que passei
parte da vida voando,
quiser ser imperfeito,
escrever a carne em fogo e sal,
poema de múltiplos gozos
- incoerente heresia -
deixai-me ser feliz, assim !
Já tão longe de tudo ;
mais longe ainda de mim.
Tudo é sonho,
Tudo é pedaço de estrada.
De tudo, é parte, o risonho.
Tudo é fala e quase nada.
Tudo é carícia,
Cardumes e abraços de vento.
Tudo é imperícia,
Forma dúbia de julgamento.
Tudo é amor,
Ódio e traços de injustiça.
Tudo é rancor,
Rancor, com gosto de cobiça.
Tudo ensina,
Tudo destroi o que é cabível.
De tudo fazemos sina.
Tudo é nada. Tudo é falível.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Publicado na Antologia Chiado Books
A Humanidade no Sono da Vida Sonha.
Inspiração: A humanidade dormita (por vezes em Sono profundo) perde-se entre deveres, direitos, pareceres e até ordens, ainda motivações sensibilidades e obrigações. A Esperança, o Encanto faz parte do Sonho de toda a humanidade, independentemente da controvérsia entre o bem e o mal.
A Humanidade no Sono da Vida Sonha…
A desordem mental persiste.
Não há União. Não há!
Não há mesmo!
A vida ecuménica sideral por cima
do tempo passa, ficando a técnica,
mecânica e teórica sem conceção.
Há Sonhos para sonhar,
Tempo para renascer,
Sonos para acordar,
Vidas para viver.
Sorria… Mesmo que não se veja,
Sonhe… Não deixe que o medo roube o desejo,
Acredite… Os Sonhos constroem vida viva,
Chore… Use lágrimas como antidoto da tristeza,
Sorria… À esperança e ao Sonho o riso dá nota de alegria.
Oi! Sinta…A existência tem sentido subversivo.
Não há união não há mesmo!
Há vida na fonte e dela a nascente da sede pelo sonho,
Há vida muito além da desordem mental.
Sobra o Sonho além da desordem social.
Ninguém negue!
Rebentos da realidade Sonhos são, redentores da criatividade,
Ninguém desminta!
O Carvalho nasce da bolota, o sol da escuridão,
Que todos acreditem!
Não há paredes, teto, janelas ou portas no mundo do Sonho.
Que todos saibam!
O sonho leva-nos ao Universo do Ó de Lá,
enquanto o Sono da vida oculta o encanto da existência.
.
Ó de Lá! Andamos por cá sonhando estar lá…
Encanto! Furtivo encanto por ti ansiamos,
Fantástico! Mesmo na desgostosa realidade por ti sobreviventes somos,
Mágico! Pesada solidão apelamos afetos.
Olá Consciência! Desperta o amor e solidariedade.
Ai! Traição dos Deuses
mudem o nosso sentido,
Ai! Sonho poderoso omnipotente
leva-nos ao mundo do Ó de Lá,
Ai! Sono conciliador
leva-nos à esperança do sonho.
Deuses renasçam!
A humanidade carrega um fardo ecuménico.
Deuses acudam!
Antes que mais e mais flagelos se espalhem.
O mundo do Ó de Lá aguarda medidas,
urgem tomadas de posição com maturidade.
Estamos em estado de Conflito.
Inimigo invisível!
Apela-se ao bom senso,
Deuses estejam sensíveis.
Anjos, arcanjos e almas!
Transcendam.
Chamem a Concordata dos Deuses e dos Anjos.
Mascaras na cara, distanciamentos, não me reconheço,
separações, abraço-te sem braços, estranho-te.
A nova concordata mundial recria-se,
travões na mostra de afetos são indispensáveis,
distanciamentos implacáveis,
retaliações são legisladas,
ordem se impõe!
A guerra é contra um invasor invisível!
O combate é desleal!
Os divos cuidam dos cofres,
a economia não está a dar respostas,
a pobreza cresce arrastando muitos anjos.
Anjos e Arcanjos deixam de ter vida social,
Anjos perdem-se nas especulações,
Corações tristes vivem a pobreza crescente.
Incógnito será o há de vir,
saber que não sabe o que irá conseguir.
Desconhecido desafio,
Fantástico, Mágico é descobrir o futuro que o passado passou.
Notório é dar à Vida o Sonho dos novos tempos.
Vamos fazer pela vida o que a natureza invoca,
olhar para o inatingível e alcançável,
realizar o Sonho com a subsistência da vida.
Acordar.
Hoje será resultado do amanhã,
segue… cumpre os tempos da história.
Nasce agora a vida no amanhã.
As veras da vida no seu devido tempo
denunciarão os embustes,
a vida impõe resistência e contingências
ultrapassáveis.
Segue… sigam-se tempos da história.
Foram-se os Sonhos coloridos,
desastre da humanidade.
Lá se foram os Sonos tranquilos,
Vivencia crua sem subjetividade.
Como sair desta ambiguidade.
A União e a força dos Anjos,
ao céu clamam confiabilidade,
do mundo querem rearranjos.
Há Sonhos para sonhar,
Há tempos para renascer,
Há Sonos para acordar,
Há Vidas para viver.
Ó de Lá! Vamos ao Sono dar
A vida que o sonho merece.
Maria Fernanda Barradas Calado
Tipo de Prosa ultrapassada.
Vivencia, vivendo?! É um facto inegável!
Saber como a viver, e quem determina?
É responsabilidade nossa, e é indelegável,
O passado delegou o presente culmina.
Enquanto andar pela vida?! O Mal e o Bem receio!
Entre um e outro vivo, inconformada e inconsolável.
Deus e o Diabo me assolam, atentam e condenam,
Anjo me sinto, no labirinto da vida que me desbarata.
O dia e a noite controlam o meu tempo que rateio,
neste mundo de existência humana que me assombra.
Não quero perder a minha fantasia que me dá alegria,
Viver! Vivendo!? Com dose de utopia como terapia.
Os sabedores da construção social me desolam.
A vida mal vivida assente em valores desacertados,
levam a pensar que as iniquidades extrapolam,
normas intelectuais enredadas e desconcertadas.
Ai! Vivencia mal vivida roubas o bem-estar de muitos,
Cegas os teus soldados e alimentas a parte do Diabo
Sofisticas, não me enganas, com os teus Deuses fortuitos,
Produzes mentes vazias escondida no chapéu do Diabo.
Ai! Velho mundo, anciões conservadores de poderes,
arrastam más práticas e não acrescentam qualquer valia progressista.
O munto precisa de inovar e romper teus concederes.
A Humanidade no Sono da Vida Sonha…
A desordem mental persiste.
Não há União. Não há!
Não há mesmo!
A vida ecuménica sideral por cima
do tempo passa, ficando a técnica,
mecânica e teórica sem conceção.
Há Sonhos para sonhar,
Tempo para renascer,
Sonos para acordar,
Vidas para viver.
Sorria… Mesmo que não se veja,
Sonhe… Não deixe que o medo roube o desejo,
Acredite… Os Sonhos constroem vida viva,
Chore… Use lágrimas como antidoto da tristeza,
Sorria… À esperança e ao Sonho o riso dá nota de alegria.
Oi! Sinta…A existência tem sentido subversivo.
Não há união não há mesmo!
Há vida na fonte e dela a nascente da sede pelo sonho,
Há vida muito além da desordem mental.
Sobra o Sonho além da desordem social.
Ninguém negue!
Rebentos da realidade Sonhos são, redentores da criatividade,
Ninguém desminta!
O Carvalho nasce da bolota, o sol da escuridão,
Que todos acreditem!
Não há paredes, teto, janelas ou portas no mundo do Sonho.
Que todos saibam!
O sonho leva-nos ao Universo do Ó de Lá,
enquanto o Sono da vida oculta o encanto da existência.
.
Ó de Lá! Andamos por cá sonhando estar lá…
Encanto! Furtivo encanto por ti ansiamos,
Fantástico! Mesmo na desgostosa realidade por ti sobreviventes somos,
Mágico! Pesada solidão apelamos afetos.
Olá Consciência! Desperta o amor e solidariedade.
Ai! Traição dos Deuses
mudem o nosso sentido,
Ai! Sonho poderoso omnipotente
leva-nos ao mundo do Ó de Lá,
Ai! Sono conciliador
leva-nos à esperança do sonho.
Deuses renasçam!
A humanidade carrega um fardo ecuménico.
Deuses acudam!
Antes que mais e mais flagelos se espalhem.
O mundo do Ó de Lá aguarda medidas,
urgem tomadas de posição com maturidade.
Estamos em estado de Conflito.
Inimigo invisível!
Apela-se ao bom senso,
Deuses estejam sensíveis.
Anjos, arcanjos e almas!
Transcendam.
Chamem a Concordata dos Deuses e dos Anjos.
Mascaras na cara, distanciamentos, não me reconheço,
separações, abraço-te sem braços, estranho-te.
A nova concordata mundial recria-se,
travões na mostra de afetos são indispensáveis,
distanciamentos implacáveis,
retaliações são legisladas,
ordem se impõe!
A guerra é contra um invasor invisível!
O combate é desleal!
Os divos cuidam dos cofres,
a economia não está a dar respostas,
a pobreza cresce arrastando muitos anjos.
Anjos e Arcanjos deixam de ter vida social,
Anjos perdem-se nas especulações,
Corações tristes vivem a pobreza crescente.
Incógnito será o há de vir,
saber que não sabe o que irá conseguir.
Desconhecido desafio,
Fantástico, Mágico é descobrir o futuro que o passado passou.
Notório é dar à Vida o Sonho dos novos tempos.
Vamos fazer pela vida o que a natureza invoca,
olhar para o inatingível e alcançável,
realizar o Sonho com a subsistência da vida.
Acordar.
Hoje será resultado do amanhã,
segue… cumpre os tempos da história.
Nasce agora a vida no amanhã.
As veras da vida no seu devido tempo
denunciarão os embustes,
a vida impõe resistência e contingências
ultrapassáveis.
Segue… sigam-se tempos da história.
Anjos voláteis do Sono da vida,
acordem e Sonhem a existência,
O mundo em via desconhecida,
sufoca o sonho na displicência.
Foram-se os Sonhos coloridos,
desastre da humanidade.
Lá se foram os Sonos tranquilos,
Vivencia crua sem subjetividade.
Como sair desta ambiguidade.
A União e a força dos Anjos,
ao céu clamam confiabilidade,
do mundo querem rearranjos.
Há Sonhos para sonhar,
Há tempos para renascer,
Há Sonos para acordar,
Há Vidas para viver.
Ó de Lá! Vamos ao Sono dar
A vida que o sonho merece.
Maria Fernanda Barradas Calado