De vez enquando abandono, de vez enquando volto, certo é, este postigo faz parte da minha " casa humana" que integra uma repartição que se expõe ao exterior, que se abre mundo e que procura interação.
Procuro banquetes verbais de teorias que espelhem boas praticas.
Sobre Nós… sobre mim.
Sim Nós! Também Vós…
Cada vez que queira expor-se em termos Singulares ou referir-se a um Coletivo, este página também é sua.
Este blog é interativo e atualizado semanalmente.
É também uma plataforma que reserva espaços para todos os Amigos.
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Ainda...Sobre Mim
A Assistência e a Tecnicidade na Saúde
Relato de uma história que se contempla ultrapassando a proteção da pele deixando observar as entranhas, âmagos escondidos mas essenciais.
1º parte
Há já uns dias multiplicando por outros dias, que não vinha aqui a este meu refúgio, é mesmo… posso vos dizer que muita coisa aconteceu na minha vida, daquelas coisas que nos fazem aprender e ainda nos fazem sentir na pele as dores de terceiros, neste caso foi do pai dos meus filhos. Poderia dizer o meu marido, mas não o é, perdeu esse estatuto há muito tempo atrás… mas quis ao meu modo intrincado manter-me por perto, nunca saberei dizer se foi por comodismo, por me sentir também um pouco “culpada”, ou por instinto maternal (de mulher para homem). Também pouco interessa a não ser por uma questão pedagógica de melhor dar a perceber ao leitor (se calhar a mim mesma), evitando maiores especulações, aquelas que em geral e do jeito próprio deambulamos á nossa medida, consoante o nosso modo de ver e sentir os outros. Engano provável! Cada cabeça a sua sentença. E posso vos garantir que a minha não é fácil de avaliação, eu própria tento “descorticar” o que me leva a diferenciar-me do que faria qualquer outra pessoa. Bem seja lá o que for, já percebi que não vou ter resposta neste plano de vida. Também já me convenci que devo seguir o meu intuito sem me preocupar nem com o pensamento dos outros nem com logicas de raciocínio que nem sempre vai mais além do que aquele que o hábito de vida formatou. Ainda… não tenho qualquer jeito, nem vejo qualquer interesse, para esconder o que é facto. Por isso vai mesmo sem entrelinhas o que vivi e senti na pele. Pronto… ainda bem que o pai dos meus filhos me tinha ao lado para vir a cuidar dele, jamais ele o pensaria possível e eu muito menos. Jamais eu pensaria ter que me confrontar não só com o problema de saúde do Fernando, mas com o sistema de saúde inapto para o mais básico das necessidades do ser humano que se encontra paralisado numa cama de hospital. O que me preparo a relatar pode parecer amplificado por motivações pessoais, mas não é de um todo. Incrível só mesmo presenciado, vivido e sentido na pele. Certo é, quando coisas más entram nas nossas vidas aprendemos melhor a nos conhecer porque temos que lidar com o nefasto que nos circunda, ficando a saber até que ponto conseguimos lidar com os obstáculos. Eu mais uma vez consegui. Atenção! Nada de especial… somente digo conseguir por ter que transpor anquiloses psicológicas do meu eu. Afinal, muitos de vós quantos e quantos obstáculos não tiveram que circundar penso que todos nós temos o nosso calvário a suportar. Todavia cada um com a sua própria experiência que nem sempre ou quase nunca é relatada. Todos temos diferentes motivações e sensibilidades, no meu caso falo de mim, porque interpreto, relato e procuro justificar, logo importa-me que o leitor me situe no tempo e no espaço (na verdade, é também o que procuro e sempre nos outros que raramente encontro). Certo é, neste caso convido os leitores a seguir a esta introdução, ler o que exponho e testemunho. Posso dizer que consegui comigo própria superar e cumprir o que prometi a mim mesma. Sem deixar fluir certas influencias nem sofrimento pessoal, com a minha total vontade própria. Fui… segui de cabeça levantada o que me esperava, sem saber por quanto tempo, só sabia que não queria parar com a minha vida pessoal e muito menos deixar de contribuir para o maior bem-estar do pai dos meus filhos. Foi um juramente de pele com pele a minha e a dele silenciando o passado. Ainda bem que o fiz, ainda bem que ele percebeu que fiz o que certamente ele não saberia como fazer ou até não se disponibilizaria para comigo. Pouco interessa. Missão cumprida, embora ainda em cumprimento, mas nada do que se compara com esta experiência que durou meses… não só face ao problema físico do pai dos meus filhos, mas sobretudo ao problema mental que tive que aprender a moldar neste meu novo papel de cuidadora e assistente, não só a ele, mas também ao meio que o envolve. Sendo que não escapei deste novo karma, ter que viver esta experiencia que me despertou para novos horizontes da Hospitalização, Assistência e Tecnicismos .Como não poderia deixar de ser esta experiencia levou-me a depreender de como esta sociedade está inapta para responder á singularidade dos seus doentes de como está imprópria para ajudar a resolver as questões mais prementes dos que sofrem na pele dores que podiam ser aliviadas com maior assistência humana dos profissionais e menos tecnicidade. Não! Não vou mesmo culpar pessoas, vou sim culpar o sistema perverso que envolve as pessoas e fazem delas instrumentos de utilidade subjugados a uma hierarquia que não está preparada para o exercício da entrega assistencialista que deixou de ser valorizada e melhor exigida piorando a situação dos doentes. Sim a exigência tem que ser regra de oro no dilema e nas práticas hospitalares. Certo, tudo depende do grau da necessidade do doente, eu por exemplo fui operada há três anos atrás tive hospitalizada quatro dias e não tive nada de especial a apontar (claro sempre entendi que o hospital não é propriamente um hotel, e ainda que as características individuais das pessoas nem sempre correspondem ao que deve ou pode ser), digamos também que só estive totalmente dependente algumas horas após operação, e foi antes do COVID, por acaso no mesmo hospital onde esteve o Fernando na sua primeira fase.
- segue -
M.Fernanda Calado
Este Blog Janelas da Maria:
Defino-o como valor acrescentado para o dia a dia das nossas vidas, não para todos é claro, mas sim para aqueles que sabem que da palavra e da reflexão o mundo se move e transforma mentalidades, ainda e sobretudo para os que acreditam que todos dependemos e desenvolvemos uns com os outros.
Iniciado há quase seis anos este Blog, começou a fazer novo sentido neste meu novo tempo, onde, por aqui vou semear as minhas sementes do pensamento, em simultâneo distribuir informação de utilidade. Trato este meu/ nosso espaço com um polo centralizado. Assim. este tipo de “E-books” pode vir a ser um ponto de encontro para os Amigos, será para mim uma espécie de diário da vida social.
Temos que querer comprometermo-nos, de forma singular, dar-nos a conhecer. Sentir-nos livres. Ao expor as nossas convicções, responsabilizamo-nos individualmente. Neste Blog proponho uma relação aberta. Espaço de convívio onde os argumentos possam todos eles serem alvos de reflexão. Afinal o coletivo depende de um todo do nosso comportamento singular. Ou não será assim?
Ainda falando de mim. Sendo a “maquinista” deste Comboio importa seguramente dar-me a conhecer de forma mais profunda. Aproveito para solicitar a todos os outros viajantes que aproveitem a viagem e façam também as suas apresentações.
Ora bem então vamos lá…
Gosto de construir os meus caminhos, desafio-me a mim mesma... entretenho-me na vida e levo a sério a vida humana. Desconfio dos valores morais e das atitudes dos homens e mulheres que debitam a torto e a direito palavras de bons valores e costumes fora de contexto e da aplicação visível e prática.
Desde algum tempo, para cá, acordo abraçando o céu... sonho com o dever de ser boa pessoa... com coisas simples e belas... sim o belo encanta-me, a natureza anima-me e o ser humano na sua maioria não me assusta, entristece-me e aborrece-me. Não vivo com fantasmas, não tenho medo deles, prefiro acreditar em tudo que possa ser oculto mas não quero nada com o assunto. Não tenho rancores nem raivas e muito menos ódios, se algo surgiu em meu desfavor é porque não soube ouvir o meu eu interior, porque não soube lidar com o assunto. Se hoje vivo do trabalho e muito tenho trabalhado para a sustentabilidade familiar e empresarial é porque não soube fazer melhor. Sem culpas, sem atribuir culpas, sem por isso deixar de me sentir abusada pelo sistema social. Mesmo assim, sinto-me livre porque na verdade levo a vida aceitando-a como um tempo que me é dado para fazer parte de um elenco, cujo verdadeiro ou grande autor e responsável desconheço, aliás não me é permitido escolher o elenco.
Considerando que se criou uma espece de matriz social para que o rebanho seguisse um determinado caminho, sinto-me como se fizesse parte de um jogo que me obriga a saber jogar para me defender de uma determinada marginalidade que não consigo vencer. O meu papel torna-se importante na medida do meu desempenho dentro do cenário em que fui colocada, de certa forma foi uma escolha (menos mal) nas limitações da minha esfera. É claro que o mundo das ideias que nos levam às escolhas e seus derivados é infinito que as bifurcações terrenas são muitas que as oportunidades favoráveis e facilitadores nem sempre acontecem.
No entanto, que faço eu com a minha natureza humana que carrega os meus genes e sei lá mais o quê?
Uma vez a consciência despertada para a realidade, escolhi ouvir-me, seguir-me sem preconceito com toda a liberdade possível, uma opção, um direito à diversidade, convicta que o entretenimento da vida deve ser conduzido de nós para nós onde todos os outros são um pouco de nós mesmos.
Porque a palavra é a semente do pensamento reflexivo e consciente e através dela nos revelamos, confessamos, explicamos ou dissimulamos...
PENSAMENTOS PROFUNDOS
PENSAMENTO SOLTO
A engrenagem social, leva-me a tecer considerações de valores medíocres, permite-me de duvidar da minha saúde mental, do resultado dos meus sucessos e insucessos. Alem de me incentivar a crer que tudo está miseravelmente minado. Importa-me imperiosamente encontrar respostas, aquelas que procuro para a minha felicidade, se calhar, o que todos queremos cegamente ao preço que nos impõem.
Pois sim! Procuro o que a vida me pode dar para me safar dos tentáculos poderosos que fazem de mim uma prisioneira dos estereótipos sociais. Esta coisa... do bem conceituado socialmente é um desgaste e é muito fatigante. Sempre me senti cansada face à exigência e requisitos assimétricos entre deveres e direitos. Sou a favor de uma responsabilidade individual para que o coletivo social funcione. Bem! Quando me refiro à responsabilidade individual, certamente, será aquela que ultrapassa as normas ditadas por despachos normativos legais, parecendo que os deveres dos cidadãos só funcionam porque foram criados meios controladores. Tudo o que me rodeia parece uma contradição que se vai comprovando ao longo dos anos, e ainda, por o que a história nos mostra. Bem aventurados, aqueles que encontram uma bengala social para se apoiarem.
Até na escrita, já criamos hábitos demasiadamente utilitários na demonstração dos saberes intelectuais que se tornam aborrecidos por serem sempre os mesmos. Para entrar no mercado do “bem conceituado”, podia basear as minhas teorias em teses dos grandes Filósofos ou outros já catalogados no mercado do estereotipo social da literatura. Sem dúvida, importantes para encontrar inspirações para arrumar as nossas ideias e com eles acrescentar valor ao nosso acervo pessoal do conhecimento. Ou simplesmente utilizar as suas teses nos nossos argumentos, como eventualmente bastassem para demonstrar as nossas posições. Fácil demais! O mundo desenvolveu tecnicamente mecanismos que requerem posturas pensantes com outra profundeza dado às novas realidades contemporâneas.
O espaço que disponho e o meu tempo são demasiadamente reduzidos, constantemente faço apelo â minha imaginação para melhor aceitar a minha condição de vivente neste mundo infinito que pouco ou nada conheço a não ser aquele da minha condição de Ser mortal fazendo parte da comitiva da humanidade que nem por isso admiro. O que em nada me retira a alegria de viver, tomo conta do alimento da minha alma, incentivo o meu pensamento para o trilho da imaginação que me leve a sonhar com um mundo em que as pessoas enxerguem as suas limitações e se deixem de hipocrisias perversas, aquelas que criam o caminho da confusão social. Tenho por hábito de falar em meu nome pessoal. Não criar subterfúgios exemplificativos, certamente o que justifica a minha singularidade mas também a minha responsabilidade. Se tenho ou não a presunção de acreditar que a sociedade podia ser mais sensata? Tenho sim, uma vez que os direitos e igualdade de oportunidades existam como regras da vivência humana. Será que a natureza do ser humano está preparada para defender valores mais equitativos? Está sim, assim nos sejam dadas as oportunidades.
Considero que a máquina com poderes governativos está completamente ultrapassada. O mundo tem que seguir novas vias de desenvolvimento e terá que ser em novas fontes de inspiração assentes nos valores existencialistas.
levam a criar um comboio fantasma que vai servir para transportar tudo o que no dia a dia alimenta a alma. A minha. Quem sabe a vossa.
Neste baixo munto os rótulos valem o preço. Uma vez que consigamos ter uma consciência desperta, onde o sucesso só é medido por valores reais descobertos a olho nu, podemos então, avançar para um caminho que não seja aquele que nos leva ao destino dos enlatados.
Todos nós somos os filósofos da nossa narrativa.
A palavra é sua!
FILOSOFANDO
Penso que todos os Inquietos, os Felizes, os Vivos, vão seguir esta Viajem.
Filosofando e viajando, sentindo as vibrações do percurso.
Caros Viajantes
Porque a palavra é a semente do pensamento reflexivo e consciente, é através dela que nos revelamos, explicamos ou dissimulamos. A palavra é a ferramenta de todos os entendimentos e conflitos. Junta-nos e separa-nos. Temos a nossa Lavra a Fazer e a Criar. Todos nós somos filósofos da nossa narrativa. Participe faça parte deste Clube a PaLavrando.
Aprende-se a viver e a sonhar na diversidade, no infinito e no limite. Vivendo-se o que a vida nos ensina sem nunca chegar a saber o que queremos saber. Um dia o sonho termina. Até lá deve-se aprender a pensar o que por cá andamos a fazer. Não há qualquer matriz a seguir, há sim vontade de ser Feliz procurando-se Encanto.
As janelas do nosso comboio sempre abertas, garantem o ar saudável, nelas podemos apreciar a paisagem de um percurso onde o horizonte da individualidade nos dá as tonalidades genéricas da vida social. No seu interior existe total liberdade na apresentação de temas e expressões diversificadas, onde se apresenta o direito à singularidade de cada Viajante.
A palavra é sua!
Tópico: Sobre Nós
de volta
maria Fernanda Calado | 06-07-2025
justificação
maria Fernanda Calado | 14-08-2024
Pois---é abandonei um pouco este meu Blog. Mas... devo dizer que gosto deste espaço.
Na verdade estamos cercados de tanta oferta incentivadora, para quem gosta de comunicar que o tempo escasseia para tanto envolvimento, nem já precisamos de nos encontrar entre pessoas, sentados no conforto do nosso lar, podemos dar vagas à nossa imaginação e estar sempre em contacto com com pessoas. Na verdade é algo que nos vamos habituando. Infelizmente tendemos nos dispersar... sem nos focar nos pontos essenciais. Bem sei que os meus pontos essenciais, não têm que ser os vossos, mas pelo menos temos que ter um ponto em comum, ou seja, a nossa responsabilidade singular para melhor o resultado do coletivo. E... que fazemos nós para isso? Pois... o que sabemos e o que temos como formatado na nossa peresonalidade formada ao longo dos tempos. Bem! tudo isto para dizer que de facto precisamos sim de incentivar a comunicação entre pessoas para melhorar a nossa forma de vivência e logo mudar o rumo de uma sociedade meio minada por crenças, habitos e costumes que nascem de cima para baixo contrariando as regras da natureza. Facil de se comprovar!
Chamada de atenção
Maria Fernanda Calado | 24-07-2023
Não tenho dado continuidade a este fórum que criei esperançada de poder trocar pareceres e opiniões sobre os pontos que aqui vou selecionando... infelizmente não me tenho dedicado o tempo que desejaria, inclusive sendo autodidata nesta vertente informática ainda me sinto um pouco perdida nestas técnicas, por isso vamos avançando pouco a pouco vamos ver onde esta mensagem chega e quem vai responder.
Opinião
Marie Isabelle Gouveia | 06-02-2022
Como vão as Janelas da Maria e Maria Fernanda dá para ver que anda um pouco zangado com o mundo. Não deixa de ser uma poeta. E pela certa muito experiente. Os seus textos são profundos , comoventes de tantas verdades, sem ataques pessoais. Estou a ficar fã do seu blog mas tenho que melhor ententer a estruturação . Abraço vou entrando e dar um alô. Força Maria. Mulher de luta.
Pensamentos
Maria Leonor da Silva | 27-08-2021
Olá por mero acaso encontrei este vosso blog achando uma certa graça. Gosto quando se fala de singularidade e ainda aprecio mais a responsabilidade individual.. Vivemos um tempo de mediocridade e ignorância onde ninguém se questiona e tudo se segue padrões estabelecidos sem se questionarem. Não se pode mais confiar no amigo as pessoas vivem cinzentas, indiferentes mais parecem espantalhos. è o que penso, me digam se estou errada ficaria feliz.
Re:Pensamentos
Maria Fernanda Calado | 28-09-2021
Olá, Leonor da silva, não respondi, porque só hoje li o seu comentário, dois meses depois, na verdade não tenho vindo muitas vezes a este fórum tendo criado um outro " Fórum Tertuliano"
Muito obrigado pela sua apreciação, na realidade o que me moveu a criar esta "janela" pode-se traduzir pelas suas palavras. Digamos que aqui dou voz e consigo manter a minha (importante) procurando valorizar o direito à individualidade, algo que per perturba, quando vejo o mundo que me rodeia. Espero que possamos encontrarmo-nos por estas bandas. Aproveito para visitar o outro fórum. Obrigado pela participação.








